24 de dez. de 2008

PROTEÍNA TRAVA DOENÇA DE LOU GEHRIG

Noticia divulgada em: 11/12/2008
Tratamento aumenta sobrevida de pacientes com Lou Gehrig








Uma equipe de cientistas americanos e uruguaios pode ter encontrado uma forma de prolongar a vida de pacientes que sofrem de esclerose lateral amiotrófica (ELA), mais conhecida como doença de Lou Gehrig, mal neurodegenerativo incurável, adiando seus primeiros sintomas.
Em um estudo publicado no americano Journal of Neuroscience, pesquisadores da Universidade de Wisconsin descobriram que, ao aumentar a quantidade de uma proteína chamada Nrf2, o tempo de vida dos doentes pode ser prolongado, com menos interferência dos sintomas.
"O estudo permite identificar o que acreditamos ser o potencial objetivo de um tratamento extremamente importante, que pode ter um efeito determinante para pacientes de ELA no futuro", declarou um dos principais autores do trabalho, Jeffrey Johnson. "Quando ativada, (a Nrf2) controla centenas de outras proteínas que protegem as células da pressão oxidante, que é associada à progressão das doenças degenerativas", explicou.
Os experimentos em curso avaliam o mesmo mecanismo para os males de Alzheimer, Parkinson e Huntington com "resultados muito promissores", acrescentou. A doença de Lou Gehrig não tem cura, provocando principalmente dificuldades motoras e problemas respiratórios. Afeta quase duas em cada 100 mil pessoas no mundo, como o célebre físico britânico Stephen Hawking e o jogador de beisebol americano que dá nome ao mal.
Na pesquisa, os cientistas criaram ratos geneticamente modificados com células chamadas "astrócitos", que produzem a proteína Nrf2. Os astrócitos presentes no sistema nervoso central geralmente são ativados em situações patológicas e interagem com os neurônios.
Os pesquisadores determinaram que aumentar a Nrf2 nos astrócitos pode também proteger os neurônios de "estresse crônico", como o que se manifesta com a ELA. O início da doença foi adiado em 17 dias nos ratos geneticamente modificados, e os doentes sobreviveram 21 dias além de sua esperança de vida normal de 120 dias.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3386844-EI298,00-Tratamento+aumenta+sobrevida+de+pacientes+com+Lou+Gehrig.html

6 de dez. de 2008

Descoberta molécula que pode ajudar na cura de doenças neurodegenerativas

Notícia Divulgada em 02/12/08


Santiago do Chile, 2 dez (EFE).
Cientistas de vários países descobriram que a molécula Wnt3, secretada por neurônios motores, ajuda a fortalecer as conexões neuromusculares, possibilitando, assim, a cura de algumas doenças degenerativas do sistema nervoso, disse hoje Juan Pablo Henríquez, da Universidad de Concepción.
Segundo o especialista, um estudo do qual ele participou constatou que a molécula Wnt3 auxilia outra estrutura, chamada agrina, cuja função é coordenar as conexões entre neurônios e músculos, a permitir o movimento coordenado do esqueleto.
As falhas nas conexões neuromusculares causam doenças neurodegenerativas como esclerose lateral amiotrófica (ELA), a mesma que acomete o cientista britânico Stephen Hawking, e paralisias ocasionadas por traumatismos na medula espinhal.
Os pesquisadores que fizeram a descoberta concluíram que doenças desse tipo podem ser curadas se, no corpo de seus portadores, for implantada ou fortalecida a molécula Wnt3, que reabilitaria as conexões neuromusculares que permitem o movimento.
"Atualmente, estamos pesquisando como o músculo e os neurônios processam a informação que lhe fornece a molécula Wnt3", explicou o Henríquez.
O analista chileno destacou que um ponto essencial no estudo é conhecer como o organismo arma as conexões do sistema nervoso, fase que se dá durante o desenvolvimento fetal e que é considerada determinante, já que para alcançar a cura é preciso restabelecer as conexões neuromusculares dos doentes.
"Na medida que formos aprendendo como a natureza armou as conexões do sistema nervoso, melhor capacitados estaremos para repará-las quando falharem", acrescentou Henríquez.

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/02122008/40/saude-descoberta-molecula-ajuda-cura-doencas.html

5 de dez. de 2008

Células-tronco podem tratar distrofia muscular

Matéria Apresentada em: 05/12/08

Depois de quase um ano de tentativas, cientistas da USP conseguiram transformar as células-tronco da gordura em células musculares humanas no corpo de camundongos.






Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) fizeram novas descobertas sobre o poder das células-tronco. Testes em laboratório tiveram resultados surpreendentes em relação à distrofia muscular. A matéria-prima da descoberta veio daqueles pneuzinhos indesejados e eliminados com lipoaspiração em clínicas de cirurgia plástica. A gordurinha posta de lado virou material de pesquisa nas mãos destas cientistas. Material rico em células-tronco adultas, que têm a função de fazer pequenos reparos em determinadas partes do corpo.
Estas são capazes de se transformar em células ósseas, de cartilagens e também em células musculares. Mas o mecanismo que dispara a ordem de transformação destas células dentro do corpo ainda é desconhecido. Depois de quase um ano de tentativas, os cientistas conseguiram transformar as células-tronco da gordura em células musculares humanas no corpo dos camundongos. E junto com elas, veio também um resultado impressionante.
Os camundongos tinham distrofia muscular, uma doença genética grave que afeta a força dos músculos aos poucos e que ainda não tem cura. Pois veja o que aconteceu: um camundongo não recebeu células-tronco. Por causa da distrofia muscular, ele não consegue se segurar no arame e cai. Já o camundongo que recebeu as células-tronco de gordura parece que terá o mesmo destino. Mas, de repente, ele reage e se agarra com firmeza ao arame. As células de gordura viraram músculos que funcionam.
Para Mayana Zatz, coordenadora da pesquisa, a descoberta é um passo importante na direção do tratamento da distrofia muscular. “A chave é a gente descobrir e poder controlar totalmente esse processo. Só aí é que a gente vai ficar seguro de injetar. Eu acho que se essas experiências que estamos testando agora derem certo, a gente pode pensar talvez em 2 ou 3 anos começar ensaios clínicos em pessoas”, acredita Zatz, do Centro de Estudos do Genoma da USP.
Fonte: JORNAL NACIONAL

CTEs geram droga contra esclerose lateral amiotrófica

Matéria publicada em: 03/12/08


Estudo consegue pela 1ª vez simular doença in vitro com células humanas.
Processo caminha para experiências com animais e, depois, testes clínicos.


Um grupo de cientistas nos EUA, com marcante participação brasileira, está demonstrando o imenso potencial existente nas células-tronco embrionárias para desenvolver tratamentos para doenças hoje incuráveis. E o resultado imediato é uma nova droga -- possivelmente a primeira derivada de pesquisas desse tipo -- que pode vir a ser esperança para pessoas que sofrem de esclerose lateral amiotrófica. Trata-se de uma enfermidade degenerativa que mata em pouquíssimo tempo -- uns poucos anos. Os que possuem a doença passam por fases crescentes de debilidade motora, conforme o sistema nervoso começa a falhar.




FOTO: Físico britânico Stephen Hawking é vítima da doença .
Os que sobrevivem por longos períodos são tidos como casos extremamente atípicos. O maior representante dessa categoria de pessoas é o físico britânico Stephen Hawking, que convive há décadas com a moléstia. Os pesquisadores liderados por Fred Gage, no Instituto Salk, em La Jolla, na Califórnia, usaram uma estratégia que é menos divulgada, mas talvez seja a mais importante, no esquema dos estudos com células-tronco embrionárias. O mais costumeiro é pensar nessas células -- que são extremamente versáteis, capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo -- como fontes para a substituição de partes danificadas do organismo. É o conceito de terapia celular, que já começa a amadurecer com o uso de células-tronco adultas, mas ainda encontra algumas barreiras para ser aplicado às pesquisas com células embrionárias. Mas a turma de Gage foi por um caminho diferente. Eles usaram as células-tronco embrionárias para criar, em laboratório, um modelo para a doença. Com isso, podiam verificar como exatamente a enfermidade se desenvolve, no âmbito das células.
"No nosso modelo, utilizamos as células-tronco embrionárias para fazer neurônios motores humanos. Cultivamos os neurônios juntamente com astrócitos humanos, expressando [ativando] a mutação que causa esclerose lateral amiotrófica, também chamada de ELA", relata ao G1 a brasileira Carol Marchetto, pesquisadora do Instituto Salk e primeira autora do estudo, que está publicado na última edição da revista científica "Cell StemCell". "Nós observamos a morte de neurônios normais após a cultura em conjunto com os astrócitos mutados e mostramos que os astrócitos com ELA estão produxindo espécies reativas de oxigênio, além de fatores pró-inflamatórios", diz Marchetto. "Acreditamos que esses podem ser fatores que matam os neurônios motores." Na prática, isso quer dizer que os cientistas conseguiram produzir um modelo de laboratório, com cultura de células, que é bastante compatível com o que acontece às vítimas da doença, dentro do corpo. A partir daí, começa a fase realmente interessante: a tentativa de encontrar drogas que ajudem a combater a doença.


As grandes novidades Foi a primeira vez que um grupo de pesquisa conseguiu criar um modelo in vitro totalmente humano para a esclerose lateral amiotrófica. "Até então, sempre eram utilizados modelos de roedores -- ratos e camundongos -- para a triagem de drogas", relata Marchetto. Essas deficiências do modelo animal atrapalharam até agora o avanço das pesquisas médicas. Muitas drogas funcionaram muito bem em camundongos, mas não tiveram efeito nenhum em testes clínicos humanos. Com isso, a única droga aprovada pela FDA [agência que regula medicamentos nos EUA] até hoje para a doença é muito pouco eficaz para humanos -- aumenta a sobrevida em apenas dois meses. "E ainda assim, é a melhor coisa que já apareceu", diz Marchetto. "O aparecimento de modelos totalmente humanos como o nosso pode vir a auxiliar na triagem de drogas para o tratamento de ELA." A primeira esperança Na seqüência do trabalho, os cientistas aplicaram algumas substâncias ao modelo, na tentativa de combater os efeitos da doença. Em uma das combinações escolhidas, verificaram que houve reversão na produção das malévolas espécies reativas de oxigênio. "Quando usamos um desses fatores para tratar astrócitos com ELA e subseqüentemente fazer a cultura em conjunto com os neurônios, os neurônios não morreram mais", diz a pesquisadora brasileira. A idéia agora é testar essa substância em roedores vivos, para verificar se os efeitos se mantêm dentro do organismo. Por fim, viriam os testes clínicos com humanos. "Quanto aos testes com animais, vamos começar no mês que vem", diz Marchetto. O fato de que a esclerose lateral amiotrófica é uma doença tão devastadora faz com que iniciar testes clínicos seja mais rápido do que em doenças cuja progressão é menos agressiva. Mesmo assim, se tudo der certo, não existe a expectativa de que o novo medicamento possa chegar ao mercado antes de três a cinco anos.


Fonte: G1

28 de nov. de 2008

DESCOBERTAS DA MEDICINA

Noticia publicada em: nov/2008
Tratamento para a Esclerose Múltipla através de vacina


Cientistas americanos e canadenses estão entusiasmados com os resultados de uma vacina para esclerose múltipla (EM), chamada BHT-3009.
Cerca de 15 em cada 100 mil pessoas sofrem no Brasil dessa doença incurável do sistema nervoso central.A injeção produz uma resposta imune que parece incapacitar as células que atacam a bainha de mielina, que envolve os nervos do cérebro e da medula espinhal.
O estudo mostrou que a vacina foi bem tolerada e produziu alterações benéficas para o sistema imune.
Imagens de ressonância magnética mostraram que a inflamação diminuiu.
O pesquisador, Dr. Amit Bar-Or, do Instituto Neurológico de Montreal, adverte que ainda é preciso mais pesquisa; um teste com 290 pacientes está quase concluído.
Os pesquisadores esperam que o método possa ser usado para tratar outras doenças auto-imunes, como diabete tipo 1.
Por Deirdre Casper.
Esse tratamento para a Esclerose Múltipla através de vacina estará disponível em 5 anos ou mais.


Fonte: revista Seleções - nov/2008 - sessão: descobertas 2008
http://www.selecoes.com.br/revista_materia.asp?id=3462

27 de nov. de 2008

Células-tronco derivadas da pele humana

Notícia Publicada em: Nov/2008


Em novembro de 2007, o biólogo da Universidade de Wisconsin, James Thomson, e sua equipe surpreenderam o mundo ao criar células com as mesmas características “camaleônicas” das células-tronco embrionárias, mas derivadas da pele humana. Com a descoberta, feita também por pesquisadores japoneses, Thomson pode ter causado um curto-circuito no debate que ele próprio provocou. O biólogo foi o primeiro a extrair células-tronco de embriões humanos em 1998, o que deflagrou a controvérsia que tem atormentado cientistas, políticos e o público em geral há uma década.
As novas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) foram criadas simplesmente pela identificação de quatro genes que, ao serem inseridos nas células da pele, reprogramaram o DNA. As iPS começaram a se multiplicar regularmente, possibilitando aos cientistas produzirem-nas em quantidade ilimitada. A primeira etapa será criar células portadoras de doenças para descobrir como preveni-las e curá-las. O objetivo é utilizar as células para curar órgãos doentes e lesionados.
A equipe japonesa liderada por Shinya Yamanaka demonstrou que, com um pouco de incentivo, as iPS, a exemplo das células-tronco embrionárias, poderiam transformar-se em diferentes tipos de tecido humano. Em primeiro lugar, eles manipularam um aglomerado para criar células nervosas. Em seguida, tentaram produzir células cardíacas. Apenas 12 dias depois de misturar uma amostra de iPS com um coquetel de proteínas numa placa de Petri, os cientistas observaram partes de células cardíacas recém-formadas começarem a pulsar como um coração humano. As iPS têm uma vantagem sobre as embrionárias: como derivam das células do próprio paciente, não há risco de rejeição.
Em meio ao otimismo provocado pelas descobertas, Thomson e Yamanaka advertem que é preciso mais trabalho antes que as iPS possam ter ampla difusão. Até lá, as pesquisas com as células-tronco embrionárias e a controvérsia devem continuar. Por Joseph Vetter.
As Células-tronco derivadas da pele humana estarão disponíveis em 5 anos ou mais.

Fonte: Revista Seleções - Nov/2008 - Sessão: descobertas 2008

24 de nov. de 2008

Gêmea portadora de Esclerose Múltipla


Um só DNA e dois destinos

As mesmas roupas, os mesmos sapatinhos, os mesmos laços de menina. Mas nada é tão igual quanto parece. Os olhares procuram direções diferentes. O sorriso de uma não combina com a cara brava da outra. A fivela muda de lado no cabelo. Pequenas diferenças que fazem parte de um grande mistério: em que momento gêmeas idênticas selaram seu destino? Uma grave doença mudou a vida de Elaine e Eliane de Mello Campos. Eliane tem esclerose múltipla, uma doença com predisposição genética e que afeta o sistema nervoso. Já são 15 anos de tratamento. Elaine abandonou o trabalho em outra cidade para cuidar de Eliane.

"As duas tiveram as mesmas doenças: catapora, sarampo, coqueluche", conta a mãe delas, a dona de casa Eny de Mello Campos. Mas só uma desenvolveu a esclerose múltipla. Ela acontece quando o sistema de defesa do organismo ataca células nervosas saudáveis do próprio corpo. É uma doença que não tem cura e, para a medicina, ainda traz muito mais perguntas do que respostas.
"O fator genético é importante. Mas há algo mais associado na gênese dessa doença", esclarece o médico neurologista Carlos Augusto Damasceno.
Dizem que no mundo não há uma só pessoa igual à outra, nem mesmo os gêmeos. Cada um reage de um jeito diferente aos desafios do corpo e da vida. No caso das gêmeas idênticas de Juiz de Fora, difícil é saber por que uma adoeceu e a outra não. Tão iguais na aparência, mas com destinos tão diferentes. Para os pesquisadores, as respostas para o tratamento da esclerose podem estar exatamente nessas diferenças.
No laboratório da Universidade Federal de Juiz de Fora, os pesquisadores tentam decifrar o enigma. Vão estudar as células das duas irmãs para saber como funciona o sistema de defesa delas.
"Elaine pode ter determinadas proteínas que estão controlando seu sistema imunológico para que ela não fique doente, enquanto na Eliane esse controle foi quebrado por algum motivo", diz a imunologista Ana Paula Ferreira. "Eu acredito que, conhecendo esse mecanismo, possamos propor uma futura terapia para a doença "
Na casa de dona Eny, mãe das gêmeas, outra filha tem esclerose múltipla: Fernanda, a caçula. Ela tem se beneficiado dos avanços da medicina: toma remédios modernos que controlam a doença. Quando Eliane adoeceu, essa medicação não existia.
"Deus me fala que a Elaine não teve justamente para passar sua força para a Eliane. Se fosse o contrário, a Elaine não suportaria", comenta dona Eny.
"Acho que minha missão hoje é com ela. Eu vim para ficar com ela. Então, acho que só vou separar quando uma das duas não estiverem aqui", diz a escrevente Elaine de Mello Campo.

Esta matéria foi veiculada em: 28/09/2007

20 de nov. de 2008

Realizado com êxito o 1º transplante de traquéia

Notícia veiculada em: 19/11/08




Cientistas usaram a traquéia de um doador, mas rasparam todo o tecido original, deixando apenas a estrutura. O tubo foi então recoberto com células-tronco retiradas da medula óssea da paciente.


A primeira notícia desta quarta é sobre uma revolução na medicina. Cirurgiões britânicos, espanhóis e italianos realizaram o primeiro transplante bem-sucedido de traquéia. Quem conta é a correspondente em Roma, Ilze Scamparini. Para a colombiana Claudia Castillo, que nem conseguia respirar sozinha, aconteceu o impensável: que ela pudesse simplesmente brincar com os filhos, num parque de Barcelona. Cinco meses atrás, uma tuberculose danificou o seu sistema respiratório e Claudia corria o risco de perder um dos pulmões. A equipe do cirurgião italiano Paolo Macchiarini, do hospital universitário de Barcelona, decidiu usar uma técnica inédita: substituir a traquéia, o tubo que leva o ar aos pulmões. Para isso, cientistas italianos e britânicos usaram a traquéia de um doador, mas rasparam todo o tecido original, deixando apenas a estrutura, como um suporte mecânico. O tubo foi então recoberto com células-tronco retiradas da medula óssea de Claudia. As células se desenvolveram em torno da estrutura e formaram uma nova traquéia, que então foi transplantada para a paciente. A colombiana, que já tinha sofrido rejeição em várias tentativas de próteses sintéticas, ganhou vida nova e pode voltar a trabalhar e cuidar dos filhos. Os médicos agora querem usar a técnica em pacientes com câncer na laringe e anunciam que esse é apenas o começo. Em breve, acreditam que será possível produzir outros órgãos sem o risco de rejeição.




Fonte: Jornal Nacional

Brasil cria sua primeira linhagem de células-tronco.

Notícia veiculada em: 01/10/08


A pesquisa histórica coloca o Brasil ao lado de países como Estados Unidos e China.






Pesquisadores apresentaram nesta quarta os detalhes de uma conquista histórica: a criação, pela primeira vez no Brasil, de uma linhagem de células-tronco embrionárias.

A pesquisa coloca o Brasil ao lado de países como Estados Unidos e China. A partir de embriões congelados há mais de três anos e inviáveis para a reprodução, como exige a Lei de Biossegurança, os cientistas conseguiram o que jamais havia sido feito no país.

“A gente conseguiu em torno de 40 embriões cultivados e, a partir deles, a gente conseguiu estabelecer uma linhagem de célula embrionária”, disse Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora da USP.

A linhagem surge quando um grupo pequeno de células-tronco é multiplicado em laboratório. Quando o embrião é congelado, tem cerca de 50 células. Com a técnica desenvolvida, a multiplicação pode gerar mais de um milhão de células, todas iguais e capazes de se transformar em qualquer parte do corpo, como ossos, neurônios e órgãos.

A pesquisa, que vai dizer se as células-tronco podem ajudar na cura de doenças como o câncer e o Alzheimer, só pode ser feita a partir dessas linhagens que foram desenvolvidas pelos cientistas da USP e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os trabalhos começaram em 2006 e só terminaram agora, quatro meses depois que o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a Lei de Biossegurança.

“Que essa linhagem possa ser disponibilizada para outros pesquisadores do Brasil de maneira rápida, ágil e eficiente para que outras pesquisas sejam realizadas”, espera Stevens Rehen, pesquisador da UFRJ.

A primeira linhagem brasileira de células-tronco só foi criada dez anos depois da americana, mas, a partir de agora, sem precisar importar as linhagens, os nossos cientistas passam a ter mais autonomia e o custo das pesquisas vai diminuir.

Além disso, fazendo o processo desde o início, é possível criar um banco de células com características genéticas dos brasileiros.
Fonte: Jornal Nacional

16 de nov. de 2008

Informação ajuda no tratamento da esclerose múltipla

Noticia veiculada em: 23/10/08




Segundo a neurologista Margarete Jesus de Carvalho, a doença atinge pessoas em idade reprodutiva.
A necessidade de informação e esclarecimento a respeito da esclerose múltipla torna-se fundamental para ajudar portadores e profissionais a estabelecer uma relação mais próxima com esse problema que costuma assustar a todos. Como tratar de uma doença incurável que pode incapacitar jovens com sintomas hora discretos e outras vezes intensos, com capacidade de aparecer e desaparecer e que muitas vezes tem suas manifestações confundidas com as de outras doenças é uma questão bastante complexa.
A única medida que pode ser tomada a partir de todas essas características negativas que norteiam essa doença considerada grave e crônica é o conhecimento, conforme explica a professora de neurologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Margarete Jesus de Carvalho.
"A informação é importante tanto para o paciente quanto para o médico. O portador da doença, quando bem informado, passa a se observar mais e a perceber com mais facilidade qualquer surto ou problema, em conseqüência, a procura pelo neurologista é mais rápida e as chances de redução das seqüelas são maiores", comenta.
Normalmente a doença atinge pessoas em idade produtiva, dos 20 aos 40 anos, principalmente do sexo feminino. O problema afeta não só a saúde, mas ainda a vida pessoal, social e até mesmo financeira do indivíduo, já que os medicamentos são de alto custo.
A atenção deve se dar principalmente pelo fato da doença ser neuroimunológica (que envolve o sistema nervoso e de defesa) com causa desconhecida, o que impossibilita qualquer tipo de prevenção. As lesões causadas no SNC (Sistema Nervoso Central) caracterizam-se por surtos periódicos que podem tender para uma piora ou não, dependendo de cada caso.
Estima-se que um a cada 100 mil habitantes seja atingido pela doença nos países do hemisfério sul. A incidência maior, no entanto, se dá nos países localizados na parte superior do globo, onde a temperatura é mais fria. "Normalmente as pessoas com esclerose múltipla têm uma intolerância ao calor, por isso no Brasil a maioria dos casos ocorre nas regiões Sul e Sudeste", esclarece a especialista.
Diagnóstico difícil
Para descobrir que se tem esclerose múltipla pode levar meses ou até mesmo anos. A doença é tida como uma das que obtém diagnóstico mais difícil. Muitas vezes, os sintomas são confundidos com os de outras doenças, o que dificulta a definição, que na maioria dos casos ocorre a partir de exames complexos como ressonâncias.
Os sintomas podem variar de acordo com os pacientes e na maioria dos casos deixam seqüelas que podem ser pequenas, moderadas ou graves. Entre os fatores mais observados, se enquadram a falta de coordenação, vertigem, dor facial, dormência, perda de visão e de audição, dor nos braços e desequilíbrio.Porém, por não ser possível identificar de imediato qual o problema, o ideal é que um médico seja procurado em qualquer sinal incomum. "Assim como em toda doença, um profissional, normalmente o clínico geral, deve ser procurado em casos de sentir alguma coisa diferente", alerta a médica.
O tratamento é feito de acordo com cada caso. "É como se fosse um tratamento individual, que varia dependendo dos sintomas e das seqüelas", revela Margarete. Outro fator importante é a multidisciplinariedade na ocasião do tratamento, com a colaboração de fisioterapeutas, psicólogos e demais especialistas envolvidos.
A necessidade de um tratamento contínuo e o acompanhamento médico periódico pode ser considerado o único fator comum a todos os casos. Apesar da doença, estudante afirma levar 'vida normal'.
Cerca de um ano foi o tempo esperado pela estudante de administração Ana Paula Alonso para que fosse diagnosticada a doença. Aos 20 anos de idade, a jovem já passou por dois surtos, um que afetou a visão por aproximadamente 15 dias e outro caracterizado por uma paralisia facial. Apesar de ser portadora de uma doença grave, a estudante revela levar uma vida 'normal'.
" Minha vida não mudou em nada. Tive os devidos cuidados após os surtos, mas não me deixo levar pela doença porque sei que existem problemas piores do que esse", observa. Ana Paula não necessita de cuidados intensivos e também não faz uso de nenhum medicamento, mas não abre mão do acompanhamento médico pelo menos a cada seis meses.
Segundo a jovem, uma das coisas que passou a fazer parte de sua vida foi uma alimentação mais saudável. "Eu me alimentava mal e por isso tinha imunidade e anticorpos baixos. Agora passei a comer melhor e observar mais a minha saúde", conta Ana Paula.

Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=102696&secao=15

FÁRMACO ALEMTUZUMAB

Notícia veiculada em: 27/10/08
Fármaco contra Leucemia pode combater sintomas de Esclerose Múltipla
Estudo publicado no “New England Journal of Medicine”

O fármaco alemtuzumab, destinado ao tratamento da leucemia, também ajuda a reduzir os sintomas decorrentes da Esclerose Múltipla, revelou um estudo divulgado pela revista “New England Journal of Medicine”. Segundo os cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o fármaco não só impede o avanço da Esclerose Múltipla em pacientes que se encontrem nas fases iniciais da doença, como também restabelece algumas funções perdidas. O estudo, financiado pelo laboratório farmacêutico Genzyme Bayer Schering Pharma AG, determinou que o fármaco reduziu em 74% o número de ataques sofridos pelos pacientes com Esclerose Múltipla, em comparação com o interferão beta-1a, até agora indicado como o tratamento mais eficaz. O mais importante, destacou o estudo sobre o estudo, é que o alemtuzumab também reduziu o risco de um aumento das incapacidades decorrentes da Esclerose Múltipla, sendo 71% mais eficiente que o interferão beta-1a.
Os testes do fármaco estão na fase II, pelo que será necessária uma avaliação mais profunda para que o seu uso na Esclerose Múltipla seja aprovado.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte: http://www.mni.pt/destaques/?cod=11065

15 de nov. de 2008

Descoberto gene que ativa reparação de células



Notícia veiculada em: 30/10/ 08


Descoberta explica auto-reparação em processos de grave lesão cerebral, como Alzheimer .


ROMA - Cientistas italianos descobriram que o gene receptor GPR17 exerce um importante papel nas doenças neurodegenerativas ativando a reparação das células em processos de grave lesão cerebral, como o mal de Alzheimer.

Esta descoberta, feita por pesquisadores de várias universidades italianas e publicada nesta quinta-feira, 30, pela revista Plos one, explica o fenômeno da auto-reparação celular do cérebro e apresenta novas possibilidades no tratamento das doenças neurodegenerativas.

"Ao contrário do que se pensava até agora, o processo de geração de novas células nervosas e de reparação dos circuitos cerebrais também pode começar na idade adulta, com a potencialização deste gene", explicou María P. Abbracchio, responsável pela pesquisa.

O estudo dos cientistas italianos analisa a forma na qual se pode ativar a capacidade do cérebro de se reparar: conseguir que as células progenitoras imaturas, semelhantes às células-tronco e também presentes no cérebro adulto, gerem novas células nervosas.

Isto é possível graças ao gene GPR17, que permite a algumas células nervosas receber uma espécie de sinal de emergência após o dano cerebral, para que assim se comece o processo de reparação.

O estímulo do gene receptor GPR17 "aumenta notavelmente o amadurecimento destas células para formas mais especializadas, com vistas a reformar a mielina", sistema que permite a transmissão dos impulsos nervosos entre diferentes partes do corpo graças a seu efeito isolante, aponta Abbracchio.

Os pesquisadores propõem agora oferecer tratamentos aos pacientes com doenças neurodegenerativas - como a esclerose múltipla - que consigam potencializar a atividade do GPR17.

Fonte: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid269867,0.htm

Cientista recebe Prêmio NEDAI

Notícia veiculada em: 12/09/08
Cientista português distinguido por um trabalho que pode vir a combater a esclerose múltipla

O cientista Ângelo Chora, que integra a equipe de Miguel Soares no Instituto Gulbenkian de Ciência, recebeu esta sexta-feira no Porto o prémio NEDAI, de investigação em auto-imunidade.
O prémio do Núcleo de Estudos de Doenças Auto-Imunes foi entregue durante o 6th International Congresso on Autoimmunity e distinguiu um trabalho que, a longo prazo, pode ajudar a combater a esclerose múltipla.
Trata-se de uma investigação sobre a Hemeoxigenase-1 e o monóxido de carbono, desenvolvida em ratos.
A investigação permitiu descobrir que se pode suprimir a neuroinflamação de origem auto-imune, como a que acontece na esclerose múltipla.
«Mas, desta descoberta até podermos curar a esclerose múltipla vai um caminho longo, muito longo. Ainda assim, é um caminho que vale a pena fazer», disse Miguel Soares, em declarações à Lusa.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica crónica, altamente incapacitante, de causa ainda desconhecida.
Os autores verificaram ainda que o monóxido de carbono age de uma forma protectora em muitas outras doenças ditas inflamatórias, incluindo a arteriosclerose ou mesmo doenças infecciosas como a malária.
O Prémio NEDAI de Investigação em Auto-Imunidade, no valor de 7.500 euros, distingue anualmente trabalhos desenvolvidos em Portugal que privilegiem a ligação da investigação à clínica.

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