27 de nov. de 2008

Células-tronco derivadas da pele humana

Notícia Publicada em: Nov/2008


Em novembro de 2007, o biólogo da Universidade de Wisconsin, James Thomson, e sua equipe surpreenderam o mundo ao criar células com as mesmas características “camaleônicas” das células-tronco embrionárias, mas derivadas da pele humana. Com a descoberta, feita também por pesquisadores japoneses, Thomson pode ter causado um curto-circuito no debate que ele próprio provocou. O biólogo foi o primeiro a extrair células-tronco de embriões humanos em 1998, o que deflagrou a controvérsia que tem atormentado cientistas, políticos e o público em geral há uma década.
As novas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) foram criadas simplesmente pela identificação de quatro genes que, ao serem inseridos nas células da pele, reprogramaram o DNA. As iPS começaram a se multiplicar regularmente, possibilitando aos cientistas produzirem-nas em quantidade ilimitada. A primeira etapa será criar células portadoras de doenças para descobrir como preveni-las e curá-las. O objetivo é utilizar as células para curar órgãos doentes e lesionados.
A equipe japonesa liderada por Shinya Yamanaka demonstrou que, com um pouco de incentivo, as iPS, a exemplo das células-tronco embrionárias, poderiam transformar-se em diferentes tipos de tecido humano. Em primeiro lugar, eles manipularam um aglomerado para criar células nervosas. Em seguida, tentaram produzir células cardíacas. Apenas 12 dias depois de misturar uma amostra de iPS com um coquetel de proteínas numa placa de Petri, os cientistas observaram partes de células cardíacas recém-formadas começarem a pulsar como um coração humano. As iPS têm uma vantagem sobre as embrionárias: como derivam das células do próprio paciente, não há risco de rejeição.
Em meio ao otimismo provocado pelas descobertas, Thomson e Yamanaka advertem que é preciso mais trabalho antes que as iPS possam ter ampla difusão. Até lá, as pesquisas com as células-tronco embrionárias e a controvérsia devem continuar. Por Joseph Vetter.
As Células-tronco derivadas da pele humana estarão disponíveis em 5 anos ou mais.

Fonte: Revista Seleções - Nov/2008 - Sessão: descobertas 2008

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