20 de nov. de 2008

Brasil cria sua primeira linhagem de células-tronco.

Notícia veiculada em: 01/10/08


A pesquisa histórica coloca o Brasil ao lado de países como Estados Unidos e China.






Pesquisadores apresentaram nesta quarta os detalhes de uma conquista histórica: a criação, pela primeira vez no Brasil, de uma linhagem de células-tronco embrionárias.

A pesquisa coloca o Brasil ao lado de países como Estados Unidos e China. A partir de embriões congelados há mais de três anos e inviáveis para a reprodução, como exige a Lei de Biossegurança, os cientistas conseguiram o que jamais havia sido feito no país.

“A gente conseguiu em torno de 40 embriões cultivados e, a partir deles, a gente conseguiu estabelecer uma linhagem de célula embrionária”, disse Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora da USP.

A linhagem surge quando um grupo pequeno de células-tronco é multiplicado em laboratório. Quando o embrião é congelado, tem cerca de 50 células. Com a técnica desenvolvida, a multiplicação pode gerar mais de um milhão de células, todas iguais e capazes de se transformar em qualquer parte do corpo, como ossos, neurônios e órgãos.

A pesquisa, que vai dizer se as células-tronco podem ajudar na cura de doenças como o câncer e o Alzheimer, só pode ser feita a partir dessas linhagens que foram desenvolvidas pelos cientistas da USP e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os trabalhos começaram em 2006 e só terminaram agora, quatro meses depois que o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a Lei de Biossegurança.

“Que essa linhagem possa ser disponibilizada para outros pesquisadores do Brasil de maneira rápida, ágil e eficiente para que outras pesquisas sejam realizadas”, espera Stevens Rehen, pesquisador da UFRJ.

A primeira linhagem brasileira de células-tronco só foi criada dez anos depois da americana, mas, a partir de agora, sem precisar importar as linhagens, os nossos cientistas passam a ter mais autonomia e o custo das pesquisas vai diminuir.

Além disso, fazendo o processo desde o início, é possível criar um banco de células com características genéticas dos brasileiros.
Fonte: Jornal Nacional

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