26 de dez. de 2009

Mulher com agulhas no corpo conta que era dopada pelo ex-marido

Segundo Laureane Soares, objetos foram colocados em ritual religioso. Há mais de 2 anos com as agulhas, ela passou a sentir dores.
Do G1, em São Paulo

Dona-de-casa descobre localização de mais de dez agulhas no corpo no RS (Foto: Reprodução/RBSTV)
Foto: Reprodução/RBSTV
A mulher de 42 anos que tem pelo menos dez agulhas no corpo acusa o ex-companheiro de dopá-la para colocar os objetos durante um ritual religioso. “Ele colocava remédio na minha bebida e eu não me lembrava de nada depois”, conta Laureane dos Santos Soares, que vive em Santa Maria (RS).
Ela diz que descobriu a presença das agulhas no ano de 2007, quando fez exames para passar pela segunda das duas cirurgias que fez na coluna. “Os médicos viram as agulhas no raio-X, mas, como naquela hora eu não tinha dor, continuei com elas.”
Segundo Laureane, após a descoberta, pressionado, o marido, que trabalhava como vigia de banco, confessou ter introduzido as agulhas em rituais de magia, dos quais uma outra mulher também participaria. “Ele dizia que colocava as agulhas para eu ficar numa cadeira de rodas e nunca sair do lado dele.” O casal estava junto havia cerca de dois anos.
Na época, ela vivia em Meleiro (SC) e passou por várias cidades até, há um ano, começar a viver em Santa Maria, com a mãe e a filha de sete anos. “Eu me separei, registrei queixa na polícia e saí da cidade. Fugi dele”, diz. Desde então, afirma não ter tido mais notícia do ex-companheiro. Vítima de esclerose múltipla, doença neurológica que provoca dificuldades motoras, ela usa uma cadeira de rodas. Impossibilitada de andar, ela deixou de trabalhar como vendedora autônoma e o sustento da casa vem de uma pensão que a mãe, viúva, recebe.


Dores


No domingo passado (20), com fortes dores abdominais, ela procurou o Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria, onde recebeu atendimento. Os exames de raio-X detectaram dez agulhas na nuca, perto da coluna e duas no abdome.
Segundo o médico Juliano Rigon, como o estado dela não representava risco de vida, a paciente foi medicada e liberada em seguida. “Naquele momento, não era o caso de submetê-la a uma cirurgia.”
No entanto, Laureane diz que voltou a sentir dores e pretende voltar ao pronto-socorro. “A agulha no meu abdome se mexeu. Tenho muita dor e não consigo comer. Preciso de ajuda. Não estou querendo mídia para o meu caso. Só não quero mais sentir dor.”

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1425901-5598,00-.html

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