12 de mai. de 2012

Técnica experimental usada para tratar esclerose múltipla causa lesões e morte

FDA adverte que tratamento não aprovado aumenta risco de AVC, coágulos sanguíneos e hemorragia abdominal


William Maisel, cientista chefe do Center for Devices and Radiological Health da FDA
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA está alertando profissionais de saúde e pacientes sobre lesões e mortes associadas ao uso de um procedimento experimental, chamado "terapia de libertação" ou "procedimento de libertação", usado para tratar uma das causas da Esclerose Múltipla.
A insuficiência venosa crônica cerebrospinal (CCSVI), que é caracterizada por um estreitamento (estenose) das veias do pescoço e do peito, pode causar esclerose ou contribuir para a progressão da doença.
No entanto, estudos que exploram a ligação entre esclerose e CCSVI não são conclusivos, e os critérios utilizados para diagnosticar CCSVI não foram adequadamente estabelecidos.
O procedimento experimental usa dispositivos como stents para dilatar as veias estreitas no peito e pescoço. No entanto, a agência recebeu relatos de morte, acidente vascular cerebral, deslocamento dos stents, danos à veia tratada, coágulos de sangue, dano ao nervo craniano e hemorragia abdominal associados com o procedimento experimental. 
Dispositivos como stents não foram aprovados pela FDA para uso no tratamento de CCSVI.
"Como não há nenhuma evidência confiável de que este procedimento é eficaz no tratamento da esclerose, a FDA alerta que, antes de testes com a nova técnica, é necessária a realização de pesquisas rigorosamente orientadas para avaliar a relação entre CCSVI e a doença", afirma William Maisel, da FDA.
A Esclerose é uma doença progressiva do cérebro e da medula espinhal. Na condição, o revestimento em torno das fibras nervosas, e muitas vezes as próprias fibras nervosas, no cérebro e medula espinhal são feridas, resultando em significativos e incapacitantes sintomas neurológicos.
Complicações após o tratamento de CCSVI podem ser relatadas através do programa online , da FDA.
A agência afirma que vai continuar a acompanhar os relatórios de eventos adversos associados com a "terapia de libertação" ou "procedimento de libertação" e manter o público informado.


Leda Nagle: Me engana que eu gosto


Rio -  Qual é a embalagem do açúcar que você compra? Saco plástico. Onde vem o sal que você compra? Em saco plástico. E a farinha de trigo, de mandioca, o fubá, o feijão, o arroz nosso de cada dia? Todos embalados em sacos plásticos. Onde é que você coloca as frutas e os legumes que você compra no supermercado? Em sacos plásticos. Onde vêm os remédios que você compra nas farmácias? Em sacolas plásticas. E, por acaso, esta profusão de sacos plásticos que fazem parte do seu dia a dia não poluem o ambiente? Não destroem o planeta? O único saco plástico que polui é a sacola plástica que você recebe dos supermercados?
Aquelas mesmo que você recicla colocando seu lixo de casa. Aquelas que, se for civilizado, você usa para apanhar e descartar as cacas do seu cachorro. Aquelas mesmo que as grandes redes de supermercado querem parar de fornecer a você na hora das compras. E o que eles dizem? Que elas são as responsáveis pela poluição do nosso planeta. Por que só elas? Só o plástico com que elas são feitas poluem rios, destroem as matas, tornam nosso mundo menos habitável? Mas por que só elas? Quem disse? As grandes redes de supermercado. E quem ganha com isto? O planeta? Me engana que eu gosto. Além dos fabricantes de rolos de sacos de lixo, que também são feitos de plástico, quem mais ganha com a proibição das sacolas de plástico são as grandes redes de supermercado que, a partir de agora, em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo, não terão mais despesa alguma com o consumidor. Depois que ele pagar — e muito bem — os produtos que comprar o problema de levar os produtos para casa passa a ser só do consumidor.
Como você vai levar seus produtos para sua casa? Problema seu. Até porque não são eles que vão entrar nos ônibus cheios, nos trens lotados, no metrô entupido, nas barcas sobrecarregadas, levando uma caixa de papelão. Uma mala sem alça. E ainda querem convencer você, pessoa de boa fé, que está ajudando na reconstrução do planeta. Não é meigo? Não. Acho cínico. E a parte deles?
Bom, eles vendem a você sacolas retornáveis. E sabe o que acontece dentro delas? Se você não limpá-las, adequadamente, lavando com água e sabão, bactérias e fungos crescem dentro delas. Sabia também que o correto seria usar uma sacola para carnes, outra para vegetais e outra para produtos de limpeza? Sabia que elas não podem ser feitas de produto muito resistente, com muitas tramas? Porque as bactérias se entranham nos tecidos mais fortes com mais facilidade. E então? Mais tranquilos? Vai dar trabalho, ficará mais caro e você ainda acha mesmo que vai ajudar a salvar o planeta?

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