30 de ago. de 2012

Neurologista tira dúvidas sobre a esclerose múltipla

No Dia Nacional da Conscientização sobre Esclerose Múltipla, a neurologista Enedina Maria Lobato de Oliveira fala sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento como formas de obter qualidade de vida.
A Esclerose Múltipla é uma doença ainda não totalmente compreendida pela medicina. 
Não existem causas claras (embora se saiba que alguns fatores, como o tabagismo, possam ajudar a desencadear a doença), não há uma maneira de se prevenir com segurança e o modo como ela se manifesta pode variar muito de paciente para paciente. Há desde casos de crianças que desenvolvem a doença até pessoas que vão demonstrar os primeiros sintomas somente na terceira idade. 
O mais comum é que apareça entre os 20 e 40 anos. A doença se caracteriza por danificar uma estrutura chamada mielina, uma espécie de capa de gordura que protege fibras nervosas no cérebro, na medula espinhal e no nervo óptico.
 Sem a mielina, a comunicação entre as fibras é prejudicada, causando diversos sintomas, que vão de alterações de humor a problemas de visão. 
A neurologista Enedina Maria Lobato de Oliveira explica, nos vídeos abaixo, como, seguindo os tratamentos disponíveis, é possível conviver com a doença e ter qualidade de vida. 

























Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/neurologista-tira-duvidas-sobre-a-esclerose-multipla

Alessandra Ambrósio e ABEM


Alessandra Ambrósio publicou, na tarde desta quinta-feira (30), em suas páginas no Twitter e no Facebook um vídeo da Associação Brasileira de Esclerose Múltipa (Abem), aproveitando o Dia Nacional de Conscientização sobre a doença, comemorado hoje (30/08). 
A top é madrinha da instituição com sede em São Paulo. 
Alessandra – que representou o Brasil no encerramento das Olimpíadas de Londres – é madrinha da entidade desde fevereiro deste ano. 
Ela aceitou o título de embaixadora porque seu pai, Luiz Ambrósio, sofre da doença há quase 20 anos. 
“Desde 2007, apoio uma instituição semelhante nos Estados Unidos. 
Estava na hora de fazer algo no meu país também”, disse a bela na época. 
Alessandra também ajudou a criar a camiseta da organização, com parte do lucro das vendas revertida para ajudar a causa. 
“As prioridades da Abem são conseguir uma sede própria e aumentar o número de atendimentos mensais, que hoje somam 1.500. 
Vou ajudar a atingir esses objetivos”, afirma a engajada Ambrósio.

18 de ago. de 2012

Estudo sugere novas abordagens para tratar a esclerose múltipla

Segundo pesquisa alemã, a transfusão de determinadas células do sistema de defesa pode ser opção de terapia para essa e outras doenças autoimunes

Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer e Parkinson 

 Esclerose múltipla: doença autoimune atinge o sistema nervoso e pode provocar perda do controle muscular, dificuldades com a visão e equilíbrio, e até paralisia (Creatas Images/Thinkstock)

Uma descoberta feita por pesquisadores da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, pode ajudar a compreender os mecanismos pelos quais a esclerose múltipla, uma doença autoimune cuja causa é desconhecida e para a qual não há cura, atinge uma pessoa. Segundo os especialistas, as células dendríticas, que pertencem ao sistema imunológico e que antes foram apontadas como uma das causadoras da condição, além de não desencadear o problema, podem ainda proteger um indivíduo contra a esclerose. Essas conclusões foram relatadas em um artigo publicado nesta semana no periódico Immunity.

Os pesquisadores explicam que a Esclerose Múltipla é desencadeada quando os linfócitos T , glóbulos brancos do sistema imunológico, são ativados. Sabe-se que quem ativa esses linfócitos são determinadas células apresentadoras de antígenos (APC), que são reconhecidas pelos próprios linfócitos T. As células dendríticas são APC, mas não era totalmente certo se elas eram do tipo que provoca a doença, como apontou outros estudos.
De acordo com essa nova pesquisa, o que ocorre é o contrário. Em testes feitos com camundongos suscetíveis à esclerose múltipla, os cientistas retiraram as células dendríticas dos animais. Eles observaram que, mesmo assim, eles continuaram predispostos à doença e ainda apresentaram piores respostas autoimunes e uma maior incidência de outras doenças. “Nossas descobertas sugerem que as células dendríticas mantêm a imunidade sob controle. Portanto, transferir essas células a pacientes não só com esclerose múltipla, mas também com outras doenças autoimunes, pode ser uma nova forma eficaz de tratá-los”, diz Ari Waisman, coordenador do estudo.

 CONHEÇA A PESQUISA

Título original:
Dendritic Cells Ameliorate Autoimmunity in the CNS by Controlling the Homeostasis of PD-1 Receptor+ Regulatory T Cells

Onde foi divulgada:
 periódico Immunity

Quem fez:
Nir Yogev, Friederike Frommer, Dominika Lukas, Ari WaismanSee e outros

Instituição:
Universidade Johannes Gutenberg, Alemanha

Resultado:
As células dendríticas, do sistema imunológicos, não ajudam a desencadear a esclerose múltipla e podem contribuir para uma melhora da resposta autoimune. Portanto, é possível que a transfusão dessas células em pacientes com a doença possa ajudar no tratamento dessas pessoas.

 Opinião do especialista

Luiz Domingos Melges
Neurologista e membro da Academia Brasileira de Neurologia

"A Esclerose Múltipla ocorre quando os linfócitos T, células do nosso sistema de defesa, ficam 'contaminados' e, em vez de proteger o nosso organismo, invadem o sistema nervoso central, passam a agredi-lo e provocam diversos sintomas relacionados ao mau funcionamento dos neurônios.
Essa doença é muito complexa e ninguém sabe ao certo o motivo pelo qual os linfócitos são 'contaminados'. Por isso, há um campo muito grande de pesquisas nessa área, e muito dinheiro é investido nos estudos em torno da esclerose. Esse novo estudo, assim como os outros, é muito importante para a melhor compreensão da doença e para que novos tratamentos sejam desenvolvidos. Porém, é importante lembrar que a pesquisa foi feita com animais, e que nem sempre os resultados se reproduzem em seres humanos.
Hoje não há cura para a esclerose múltipla, mas os tratamentos com remédios avançaram muito e melhoraram de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos são capazes de interromper o progresso da doença, embora não a eliminem completamente. Até 2013, ao menos seis novas drogas serão disponibilizadas ao redor do mundo para o tratamento da condição." 

 

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