30 de mai. de 2011
CÉLULA DE PELE É TRANSFORMADA EM NEURÔNIO
O feito é significativo, pois elimina a necessidade de se  criar primeiro as chamadas células tronco pluripotentes induzidas (iPS) e  facilita a fabricação de neurônios em laboratório.
Com isso, os pesquisadores chegam cada vez mais perto de imitar  doenças cerebrais ou neurológicas in vitro e, quem sabe um dia, usar  esse material para terapias humanas.
A pesquisa é paralela a uma já feita em 2010 pelos próprios  pesquisadores de Stanford, na qual células da pele de ratos foram  transformadas em neurônios. O sucesso com os roedores fez os cientistas  aplicarem uma técnica parecida nas células humanas, cuja primeira etapa  foi converter células tronco embrionárias em neurônios. Isso foi feito  por meio de uma combinação de proteínas (Brn2, Ascl1 e Myt1l), um  tratamento que recebeu o nome de BAM. O mesmo processo funcionou em  células tronco pluripotentes induzidas.
O próximo passo foi o grande desafio: fazer o mesmo com  células epiteliais. Utilizando células já maduras da pele de fetos e  recém nascidos, os pesquisadores descobriram que o tratamento BAM as  fazia ficar bastante parecidas com neurônios, porém estes eram incapazes  de gerar sinais elétricos e se comunicar. Foi então adicionada uma  quarta proteína, a NeuroD; com a nova combinação, as células epiteliais  se transformaram em neurônios funcionais em quatro a cinco semanas. Além  de expressarem atividade elétrica, eles se integraram e interagiram com  neurônios de rato criados nas placas do laboratório.
A pesquisa, embora significativa, ainda possui limitações se  comparada à feita com roedores em 2010. Cerca de 20% das células da pele  de ratos podem virar neurônios, contra somente 2% a 4% das humanas.   Além disso, em humanos, os neurônios criados a partir de células  epiteliais levam mais tempo para se formar e emitem sinais mais fracos.
FONTE:  http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/celula-da-pele-e-transformada-em-neuronio-30052011-19.shl
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