17 de jul. de 2010
Botox nos consultórios dentários
Matéria Publicada em: 17/07/2010
A toxina botulínica, quem diria, pode fazer mais do que esticar rugas e minimizar marcas de expressão. Nos consultórios dentários, ela já é aplicada para controlar dores e disfunções nas mandíbulas, além de corrigir sorrisos em que a gengiva aparece mais do que deveria. Como tem o efeito de paralisar músculos, o botox, como é mais conhecido, reduz inflamações e pode melhorar a estética.
Usada há pelo menos 20 anos no tratamento das doenças caracterizadas pelo excesso de contração muscular, como bruxismo, a toxina botulínica atua nos nervos. Quando injetada em músculos, bloqueia a liberação da substância responsável pela contração. A diminuição da dor é um reflexo do relaxamento muscular.
A dentista Daniela Nodari, especialista em periodontia e implantodontia, diz que a toxina botulínica tem se revelado uma alternativa eficaz principalmente no controle das dores e da disfunção temporomandibular (DTM). O termo é utilizado para definir um grupo de doenças que acometem os músculos mastigatórios e estruturas adjacentes e pode resultar em dores musculares, de ouvido, limitação da abertura da boca e da função mastigatória, bruxismo e enxaquecas.
– Medicamentos anti-inflamatórios ou relaxantes musculares usados para eliminar dores de DTM não têm ação específica nos músculos mastigatórios como a toxina botulínica e apresentam efeitos colaterais indesejados – avalia Daniela.
O efeito da toxina se inicia em torno de uma semana após a aplicação e promove relaxamento do músculo e diminuição da contratilidade excessiva por um período de seis a oito meses. Ou seja, as injeções de botox têm de ser reaplicadas nos músculos mastigatórios para continuar gerando relaxamento e reduzindo a dor.
Os efeitos colaterais são raros e, quando aparecem, são transitórios. O paciente não fica com assimetria facial ou com dificuldade de falar ou abrir a boca. Essa terapia é contraindicada para gestantes ou mães em fase de amamentação.
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