9 de jun. de 2011
Pílula faria célula-tronco regenerar coração
Quinta-feira, 09 de junho de 2011
São Paulo – Uma pílula por dia poderá salvar a vida de pessoas que pertencem a grupos de risco de problemas cardíacos fazendo com que o órgão se regenerasse sozinho após um ataque.
Isso é o que indica uma pesquisa inédita que, pela primeira vez, provou ser possível transformar um novo tipo de célula-tronco em músculos para o coração.
O estudo liderado por pesquisadores do University College London foi realizado em ratos, mas é tão promissor que foi publicado online pela Nature, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo.
Ele prova que o coração tem células reparadoras em estado dormente na sua camada externa, o epicárdio, e que essas células-tronco chamadas progenitoras podem ser reativadas. Nos embriões, essas células chamadas EPDC podem se transformar em uma série de células especializadas, inclusive músculos do coração. No entanto, até agora, acreditava-se que essa habilidade estava perdida em adultos...
No entanto, a equipe liderada pelo professor Paul Riley conseguiu restaurar o potencial embriônico tratando o coração saudável de ratos com um peptídeo molecular chamado “thymosin β4 (Tβ4)”. Isso preparava o coração para a necessidade de um possível reparo. Quando algum dano era causado ao coração, uma dose extra de Tβ4 era dada; isso fez com que as células EPDC se transformassem em novos músculos e se integrassem ás células já existente.
No futuro, isso pode significar que um paciente com risco de ataque cardíaco (seja pelo histórico familiar ou por sinais já detectados em exames) poderia tomar um medicamento oral diariamente e preparar o coração. No caso de um ataque, o dano causado conseguiria ser reparado.
Essa possibilidade existe, mas ainda está distante. Por enquanto, o Tβ4 permitiu apenas a regeneração de um número limitado de células. Os pesquisadores se focam agora em aumentar a eficiência do medicamento e aplicar os resultados alcançados em ratos em humanos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário