4 de out. de 2012
Técnicas com utilização de células-tronco aliviam incontinência urinária
A comunidade médica estima que 30% das mulheres vão vivenciar em algum
momento episódios de incontinência urinária.
A doença não chega a ser
fatal ou a trazer consequências graves para a saúde física do indivíduo,
mas pode levar à reclusão social e ao isolamento.
Terapias alternativas
buscam melhorar a qualidade de vida de pessoas com o mal e surgem como
um contraponto à intervenção cirúrgica para reparação do assoalho
pélvico, considerada o tratamento padrão.
Para cientistas da
Universidade Nacional de Kyungpook, na Coreia do Sul, a solução pode
estar nas células-tronco.
Eles descobriram que células-tronco
amnióticas são capazes de induzir à regeneração do conjunto de
estruturas musculares envolvido na perda involuntária de urina em
camundongos.
As células sobreviveram por sete dias no interior dos
animais e, ao fim de duas semanas, haviam desaparecido completamente dos
organismos, restando apenas as células musculares específicas.
Além da
regeneração do músculo, foram criadas ligações aos nervos capazes de
melhorar a pressão necessária na bexiga.
James Yoo, um dos autores do
estudo, pesquisador da universidade coreana e da Escola de Medicina da
Universidade de Wake Forest, nos Estados Unidos, explica que ainda não
foi possível desvendar todo o mecanismo de reciclagem das células.
“Essas
células-tronco têm a capacidade de se transformar em células musculares
quando cultivadas nas condições certas”, afirmou, em um comunicado à
imprensa.
Existe um diferencial nas estruturas usadas pelos estudiosos.
Diferentemente das células-tronco embrionárias — derivadas do embrião
humano —, eles escolheram as células-tronco derivadas do líquido
amniótico.
Elas foram extraídas do líquido que envolve o bebê no útero
de mulheres grávidas e cultivadas em laboratório.
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